quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Oi, Linda!

Olá queridos Polenteiros,

Quero compartilhar com vocês minha indignação com o uso indiscriminado do adjetivo "linda"...

Que garota nunca ouviu um "oi, linda"? Alguns diriam: "óbvio, as feias"! Mas não quero entrar no mérito dessa discussão, afinal não tem como não soar clichê eu dizer que cada um tem sua beleza e o que é feio para um pode não ser para o outro e blá blá blá.

O que quero expressar é que se há uma coisa irritante numa conversa com o sexo oposto é o tal do "linda", ou ainda as variantes "gata" e "princesa" na minha concepção, esses dois últimos são substantivos e não adjetivos. Não estou me referindo às cantadas de desconhecidos essas nem merecem comentários, mas sim à substituição do nosso nome próprio por esse adjetivo, esse uso sem parcimônia...

O significado de "linda" é tão nobre, gente! Por favor, não vamos abusar!

Rapazes, tentem ser mais criativos... Usem a palavra em ocasiões especais, não a banalizem... Se for difícil, nos chamem pelo nome mesmo...

Vocês concordam comigo, polenteiras?

E vocês, polenteiros, o que dizem para se defender?


domingo, 29 de setembro de 2013

Delirante!

Olá, meus queridos Polenteiros

Quero compartilhar com vocês um lugar incrível e maneiro ainda se usa essa gíria? que descobri na minha última visita ao Rio. Como vocês podem ver na descrição do meu perfil, além de devoradora de livros, viciada em Lady Gaga, Palavras Cruzadas e Suflair, eu também sou apaixonada pelo Rio, então, sempre que possível o que não é muito eu vou para lá.

Eu estava em busca da Biriti's, uma cerveja artesanal que o filho do Mussum lançou há alguns meses. Esta cerveja está sendo comercializada em pouquíssimos lugares... Atualmente, podemos encontrá-la em apenas 10 bares entre São Paulo e Rio. Então, como já estava indo ao Rio, aproveitei a oportunidade para sair em busca da tal Biriti's.


Verifiquei todos os bares do Rio que vendiam a bendita e saí à procura do que ficava mais próximo de onde eu estava hospedada. Foi aí que descobri o Delirium Café. Em Ipanema, um lugarzinho discreto e aconchegante, com uma decoração muito agradável. Mais tarde fiquei sabendo que o bar venceu, pelo terceiro ano consecutivo, o prêmio Rio Show de Gastronomia como melhor carta de cervejas do Rio. Não é para menos... A sede da Delirium, que fica em Bruxelas, entrou para o Guinness como a casa com maior carta de cerveja do mundo, com algo em torno de 2 mil rótulos comercializados. O Delirium Café Rio é a primeira filial das Américas do homônimo belga e é ponto obrigatório para os amantes da cerveja. Eu mesma acrescentei à minha lista de lugares que preciso visitar TODAS as filiais da Delirium... Atualmente, além de Bruxelas, há bares em Tóquio, na França, em Bérgamo, Ibiza e, em breve, haverá também em Dubai. Puro glamour! Vamos ver se dou conta...

Elefantinho rosa - símbolo da Delirium

Chegando lá, pedimos a Biriti's, mas minhas expectativas foram frustadas... A cerveja tinha esgotado logo após o lançamento, e ainda não haviam distribuído mais... Que triste! Pensei, "já que estamos aqui, vamos beber para esquecer", afinal, qualquer motivo é motivo para tomar uma gelada, né?

Então fomos apresentados à Delirium Tremens, a bebida da casa que, segundo os guias de cerveja e o garçom que nos atendia também, é uma das melhores cervejas do mundo. Eu não tenho conhecimento técnico, mas gostei muito, era boa mesmo! Eu diria, sugestivamente, delirante!

Depois, quisemos provar uma nacional, chamada Colorado, que é fabricada em Ribeirão Preto. Provamos a de mel, mas também há de rapadura, mandioca hein?, café e castanha-do-Pará. Acabei descobrindo que vende em Maringá, lá no Santo Bar. Mas é preciso tomar cuidado com o garçom pois pedi uma de mel e uma de rapadura e ele trouxe duas de mel...
Após a brasileiríssima, quisemos outra internacional, então fomos com a alemã Paulaner Dunkel, uma cerveja de trigo escura, saborosíssima também.

Por fim, pedi ao garçom uma cerveja tipicamente carioca, já que não tínhamos encontrado a Biriti's mais carioca que essa, impossível. Hoje em dia, com o mundo globalizado, encontramos de tudo em todo canto, mas eu gosto de conhecer as peculiaridades de cada lugar. E o garçom amigo tinha o que eu queria, uma carta na manga, já que ficou me devendo a bebidi's do Mussum - a Maracujipa. Uma cerveja carioquíssima também, da cervejaria 2Cabeças, com um suave aroma de maracujá, sendo que no sabor ele aparece bem discreto. Uma cerveja forte, amarga. Quando vamos tomar esperamos algo doce e suave por conta do maracujá, mas não se engane! Como os próprios criadores dizem em seu site "nem vem com aquela história que a cerveja é com fruta, então deve ser docinha". Espetacular!

Enfim, tivemos que parar por aqui pois tínhamos voo no dia seguinte e a conta ia ficar muito cara se continuássemos, mas deixo a dica para os Polenteiros que forem se aventurar pelo Rio. Como podem notar, não tenho conhecimento técnico para falar das cervejas, mas sou grande apreciadora da bebida. E agora vou ter que voltar ao Rio em busca da Biriti's e também da futura Cacildi's que estão prometendo lançar... Com certeza, beber menos, mas beber melhor vale a pena! 

E nossa noite terminou assim...


Ah, esqueci de um detalhe... Minha querida irmã, que participou dessa aventura cervejeira comigo, coleciona tampinhas de cerveja, sendo que pediu ao garçom as tampinhas daquelas que havíamos tomado. Eis que nosso amigo nos aparece com uma sacola com mais ou menos 500 tampinhas, para "tirarmos onda no Paraná", segundo palavras do próprio. Sendo assim, fizemos arte! Quem me visitar poderá apreciar... Favor levar uma cerveja legal para ampliarmos nosso quadro


sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Es muss sein!

Olá, Polenteiros

Hoje estou aqui para comentar sobre um livro que terminei de ler esses dias. Chama-se "A Insustentável Leveza do Ser", de Milan Kundera. Acho que eu estava numa vibe meio filosófica e achei esse um bom título. Mas não vou fazer nenhuma resenha. Na verdade, o que me chamou mais atenção foi outra coisa, que comentarei mais adiante.

Vocês podem pensar que sou sovina ou coisa assim devido ao que vou dizer agora mas, acreditem, não se trata disso! Acontece que eu adoro comprar livros em sebos, livros usados, que já pertenceram a alguém. Quanto mais antigo melhor! É mais barato O livro usado contém uma história além da história do título. Não sei se consegui ser muito clara, mas o que quero dizer é que o livro que já foi de outra pessoa chegou a ela de algum modo e, depois, partiu dela para minhas mãos, por algum motivo...

Esse livro que comentei foi adquirido pela minha irmã que também adora livros de sebos e tem uma história fascinante, que aborda a problemática amorosa dos personagens e submete-a a uma análise filosófica, o que, apesar de parecer chato, torna tudo muito mais interessante. Há uma abordagem sobre o Eterno Retorno de Nietzsche,  o positivo e negativo de Parmênides, faz alusão a uma música de Beethoven dela provém o título do post, além de uma profunda reflexão sobre a compaixão humana, que inclusive me inspirou a escrever um conto que oportunamente publicarei para vocês.

Mas, mais que a história, acho que o que me comoveu especialmente foi a dedicatória. Veja bem, essa edição é de 1985, então, pense! Quanta história esse livro já não viveu, por quantas mãos já não foi folheado, por quantas estantes já não passou até chegar à minha?


Esse senhor, o "papai" que fazia 89 anos em 1986, será que chegou a ler o livro? Será que tinha boa saúde, sagacidade? Claro que eu não sei de quem se trata, mas desejo muito que sim, me emociona saber que alguém a essa altura da vida ainda se interesse pela boa leitura. Espero que eu, em meu 89º aniversário, esteja lúcida e ganhe livros como esse de meus filhos e netos, se os tiver. Senão, pode ser dar minhas amigas do baile da terceira idade

Triste saber que se esse livro está comigo é porque "papai" já não está mais entre nós ou teria mais de 115 anos e ninguém ficou com a herança... Mas fico feliz que tenha chegado às minhas mãos, assim, posso sonhar com duas histórias!

Enfim, era isso que queria compartilhar com vocês. Mesmo sem essa dedicatória tão especial, leiam, pois é uma ótima história. Um trecho em particular me tocou muito:

"O acaso tem suas mágicas, a necessidade não. Para que um amor seja inesquecível, é preciso que os acasos se juntem desde o primeiro instante..."
 

quinta-feira, 25 de julho de 2013

Por amor às causas perdidas...

Boa noite, Polenteiros

Hoje serei breve... Na verdade, acho que sempre sou
Esses dias estava ouvindo uma música do Engenheiros do Hawaii e um trecho chamou minha atenção...

Eis o tal:

"Tudo bem... Até pode ser
Que os dragões sejam moinhos de vento"

Pensei "mas que bela metáfora... Citar Cervantes, eu jamais pensaria em algo semelhante"... Aí descobri que a música chama-se Dom Quixote... :B
Acabei de lembrar do quanto gosto de Dom Quixote, até em inglês eu li lógico que era uma obra mais enxuta os colegas do Ensino Médio devem lembrar
De qualquer forma, a metáfora é ótima, bem como a canção! Que tal apreciá-la?


sábado, 13 de abril de 2013

Percepções "Pernambucanalescas"

Salve, Polenteiros!

Quanto tempo sem postar! Mais um ano se passou, mas agora pretendo re-ressuscitar o blog, com postagens mais frequentes... Who cares?
Bom... Há dois anos, fiz um post sobre a "volta ao mundo" do Carnaval, porém, sobre o nosso típico Carnaval não comentei muito...
Esse ano tive a oportunidade de conhecer uma das festas de Carnaval mais tradicionais do nosso país... O Carnaval de Recife e Olinda! Se há uma palavra para definir essa grande festa é: "espetaculosa"! Leia-se espetacular + deliciosa, também aceitando a variação espetacular + maravilhosa. Pode parecer exagerado, mas foi exatamente essa impressão que eu tive.
A festa em Recife começa com o Galo da Madrugada, no sábado. Eu, particularmente, imaginava que esse evento ocorreria na madrugada de sexta para sábado, mas não! O Galo da Madrugada começa no sábado de manhã e segue sem hora pra acabar, mas dificilmente chega até a madrugada de domingo... Na verdade, o nome surgiu da ideia de o bloco madrugar nas ruas, não virando a noite, mas sim saindo para as ruas no sábado bem cedinho, antes mesmo de o comércio abrir. Tanto é que o primeiro desfile, em 1978, com a participação de pouquíssimos foliões, começou às 5 da manhã! Atualmente, os desfiles começam em torno das 9 da manhã, no entanto, os foliões acabam saindo mais cedo, reunindo-se em seus respectivos blocos, até que todos se reúnem num mesmo lugar, formando um bloco único e imenso que, inclusive, já foi até para no Guiness Book, por ser o maior bloco de Carnaval do mundo!
E, vejam que interessante! É montado um galo gigantesco, símbolo da festa, que denota a grandiosidade e brilho desse evento.

Todo ano o desfile tem um tema, sendo que o desse ano foi: "O Rio São Francisco deságua no mar do frevo". E o desfile realmente inundou o centro da cidade, houve mais de 2,5 milhões de foliões presentes. Uma característica que eu notei e achei o máximo foi que todos se fantasiam! Estou acostumada a ver festas de Carnaval em que apenas aqueles que desfilam em carros alegóricos vão trajados, enquanto os expectadores continuam com sua vestimenta "normal". Mas no Galo da Madrugada não. A festa é do povo, quem a faz é o povo, que não cansa de cantar, a plenos pulmões, seu amor por Pernambuco. 
E olha que não tem como não amar... A festa é linda, as pessoas são muito hospitaleiras, e a música? Pode parecer estranha no começo, mas quero ver quem consegue ficar de fora da animação do frevo e até por que não? arriscar uns passinhos!
O hino do Galo é cantado fervorosamente por todos, e rapidinho se aprende, escutem só!



Mas o frevo não é o único ritmo que embala as multidões. Há também o maracatu. Enquanto o frevo tem seus passos inspirados na Capoeira, com um misto de marcha e polca, o maracatu está envolto em toda uma teatralidade, possui personagens pré-definidos que representam as cerimônias de coroação dos reis e rainhas negros. Infelizmente não tive a oportunidade de assistir à apresentação, mas ao menos vi alguns personagens nas ruas.

Caboclo de Lança (personagem do maracatu)

Outra coisa que não vi e fiquei revoltadíssima foi o desfile dos bonecos de Olinda! Eu pensava que os bonecos participavam todos os dias e estariam andando aleatoriamente pelas ruas, mas não! O desfile acontece em apenas um dos dias da festa e, infelizmente, foi bem no dia que eu não fui... Agora fica de motivo para voltar ano que vem, apesar de que gostaria de voltar esse ano mesmo, pois os amigos pernambucanos afirmam que a festa de São João é imperdível! Nesse ponto, tenho minhas dúvidas, pois acho que São João combina com friozinho, inverno, fogueira, quentão... Humm! Mas, independentemente de festa, Recife entrou no rol de minhas cidades preferidas, e olha que não são muitas! Até pouco tempo eram só Rio de Janeiro e Florianópolis

Enfim, não vejo a hora de cantar:

"Voltei, Recife
Foi a saudade
Que me trouxe pelo braço..."